Arena Barueri, São Paulo
SPFC = Rogério Ceni; Rhodolfo, Alex Silva (Willlian José), Miranda e Juan; Casemiro (Ilsinho), Jean, Carlinhos Paraíba e Lucas; Dagoberto e Fernandinho (Marlos). Técnico: Paulo César Carpegiani.
SCFC = Tiago Cardoso; Cleber Goiano, André Oliveira, Tiago Mathias e Renatinho; Wesley, Jeovânio (Mário Lúcio), Everton Sena e Natan (Marcus Vinicius); Landu (Thiago Pereira) e Gilberto. Técnico: Zé Teodoro.
Gols: Rhodolfo, aos nove minutos do primeiro tempo; Ilsinho, aos 27 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Casemiro, Rhodolfo, Dagoberto (São Paulo); André Oliveira, Landu, Gilberto, Natan, Everton Sena, Tiago Mathias, Jeovânio, Mário Lúcio (Santa Cruz). Vermelho: André Oliveira, Renatinho, Everton Sena e Lucas
Público: 21.056 pagantes. Renda: R$ 529.051,00.
Arbitragem por Gutemberg de Paula Fonseca (Fifa/RJ), auxiliado por Márcia Lopes Caetano (Fifa/RO) e Wagner de Almeida Santos (RJ)
1º Tempo:
Jogo bom. As duas equipes começaram se estudando até o momento do gol do São Paulo, marcado pelo zagueiro Rhodolfo aos 10 minutos. A partir daí o time paulista tomou conta do jogo, gerando mais situações de perigo à meta do goleiro do Santa Cruz. O time pernambucano teve um jogador expulso, o zagueiro André Oliveira, após fazer falta no atacante Dagoberto, que tentava uma jogada individual e apostou corrida com a zaga adversária. Penâlti para o SPFC. Rogério Ceni foi para a cobrança, quis esnobar e se deu mal. Bateu fraco, tentando uma cavadinha, o goleiro Tiago Cardoso quase caiu mas conseguiu se recuperar e espalmou a bola para escanteio. Apesar de comandar a partida e de ter um jogador a mais, o time paulista possuía algumas peças nulas, como o lateral-esquerdo Juan, o meio-campista Carlinhos Paraíba e o atacante Fernandinho, que foi substituído por Marlos após se contundir em uma entrada dura. O menino Lucas, uma das estrelas do time, criava poucas jogadas, mas não estava tão cercado quanto no primeiro jogo, no Recife. A marcação do time pernambucano continuava firme, o treinador Zé Teodoro novamente armou bem sua defesa e segurou até onde pode o adversário. Os atacantes são-paulinos pouco produziram, com Dagoberto levando um pouco mais de perigo à meta de Tiago. O árbitro Gutemberg de Paula Fonseca não se fez de rogado ao distribuir cartões para ambos os lados, mas principalmente para o time recifense. O jovem Marlos entrou bem na partida e criou algumas boas jogadas, mas não passou disto, a forte marcação coral impedia maiores pretensões paulistas. O destaque pernambucano, o atacante Gilberto, se esforçou, mas o máximo que conseguiu foi um potente chute de média distância, defendido por Rogério, jogando para a linha de fundo. E neste equilíbrio, teve-se o fim do primeiro tempo..
2º Tempo:
Com alterações motivadas pelas circunstâncias da primeira etapa, as equipes retornaram a campo um pouco diferentes. Ilsinho entrou no lugar do menino Casemiro para dar maior mobilidade ao meio-campo. Pelo Santa Cruz, o folclórico atacante Landu saiu para dar lugar ao zagueiro Thiago Pereira, assim Zé Teodoro pretendia recompor o seu sistema defensivo. Pouco adiantou. O São Paulo continuou ofensivo por conta da entrada do habilisoso e agudo Ilsinho, que criou vários ataques perigosos pelo lado direito do campo. Aos 24, bom lance do apagado Carlinhos Paraíba. O meia recebe da intermediária e larga o pé, obrigando o goleiro a fazer uma bela defesa. Até que, aos 27 minutos, numa tabela com o garoto Wilian José, Ilsinho invadiu a área do Santa e tocou na saída de Tiago Cardoso. Era o segundo do tricolor paulista, e o gol da classificação. A segunda etapa da partida foi recheada de violência, mais parecia uma luta de UFC. Futebol foi esquecido, e os jogadores partiram para a agressão. Dois jogadores do time pernambucano (Renatinho e Everton Sena) foram expulsos por deslealdade, e Lucas pelo lado paulista, que saiu chorando de campo, revoltado. Ainda deu tempo para Marlos arriscar um belo chute de fora da área, que passou perto da trave esquerda. O juiz deu 3 minutos de acréscimo, durante os quais o São Paulo soube administrar o resultado e saiu do gramado classificado.
Ao Santa Cruz, a sensação de poder voltar pra casa de cabeça erguida, por ter sido valente e jogado de igual para igual com um dos times mais vitoriosos do mundo. Na próxima fase o tricolor paulista encara o Goiás. O esmeraldino, por sua vez, eliminou a Ponte Preta sem necessidade do segundo jogo, já que venceu por 3 a 0 em Campinas. O próximo compromisso do Santa Cruz é dia 10 contra a Acadêmica Vitória, no Arruda, em partida válida pelo Campeonato Pernambucano de 2011. O time coral é o líder, seguido pelo rival Náutico. O Sport é o 4º, atrás do Porto de Caruaru. Os quatro primeiros se classificam para um quadrangular final.
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